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  • Foto do escritorAlexandra Fabri

Como liderar sem surtar: dicas para gestores que estão no limite



Posso separar as pessoas que costumam procurar o desenvolvimento de lideranças em dois grupos distintos:


- Um grupo busca melhorar seus resultados como liderança, obter mais ferramentas para alcançar o sucesso na arte de liderar;


- O outro grupo, que é mais comum do que se imagina, não aguenta mais a própria equipe, não consegue conduzir seus colaboradores e está em seus últimos esforços para encontrar uma forma de reverter essa situação.


Pensando neste segundo grupo, resolvi trazer 4 fatores essenciais para “liderar sem surtar”. Ferramentas para ajudar você, líder/gestor, a manter a calma, a compostura e o foco durante momentos adversos com sua equipe. São eles:


Dica 1: Autoconhecimento


Se você não conhecer a si mesmo – seus gatilhos, dificuldades, forças, limites, formas de regular seus sentimentos –, não saberá como lidar com os outros e muito facilmente perderá a paciência.


Todos nós possuímos bagagens, coisas mal resolvidas que carregamos conosco durante a nossa vida. Questões que precisam ser olhadas, cuidadas.


Quando você assume um papel de liderança, se depara com uma equipe, formada por pessoas que também possuem suas próprias bagagens. Ao interagir com os colaboradores, é natural que suas questões entrem em contato e conflito.


É difícil entender que as atitudes e ações do outro têm base na bagagem que ele carrega. Se torna muito mais fácil considerar como um ataque pessoal, por conta dos gatilhos que você não sabe como administrar.


Assim, é necessário aprender a separar o que é bagagem sua do que é bagagem do outro, e não deixar que as duas se misturem.


Dica bônus: confira no meu livro Código T ferramentas fundamentais de autoconhecimento e inteligência emocional, para entender o que você carrega na bagagem e como melhor administrá-la.


Dica 2: Entender de gente


Líderes que não dedicam um tempo para estudar e compreender os diferentes perfis de pessoas vão ter dificuldades em reconhecer os reais problemas e dificuldades de seus colaboradores.


Cada pessoa possui um perfil comportamental diferente. Existem pessoas que trabalham em um ritmo mais lento, analítico, que pensam bastante, planejam; assim como existem pessoas que trabalham “ligadas no 220V”, de uma forma mais acelerada, impulsiva.


Se você não se aprofundou ou nunca ouviu falar sobre os perfis comportamentais, sugiro que invista em aprendizado nesse campo.


Trabalho bastante com comportamento utilizando a ferramenta DISC com meus mentorandos, costumo iniciar o programa de desenvolvimento de lideranças abordando seu próprio perfil, como uma porta de entrada para começar a entender o perfil da sua equipe.


Ao adquirir esse conhecimento, alguns comportamentos e condutas que você antes considerava como propositais, sem comprometimentos, nem sempre são realmente. Quando eu entendo que o outro funciona diferente de mim, que a minha “régua” não é a mesma do outro, isso ajuda a estabilizar sua reação e evita que situações escalem para algo indesejado.


Em uma posição de liderança, os desafios são diários. Mas a partir do momento em que você conhece a si mesmo e o perfil da sua equipe, esses desafios se tornam mais fáceis, você adquire mais leveza e tranquilidade para lidar com eles.


Dica 3: Ter uma comunicação assertiva


Às vezes as pessoas possuem uma boa intenção, tem uma visão bacana, mas na hora de traduzir isso para a equipe vira uma bagunça, soa agressivo, autoritário, pode até se tornar uma ofensa para quem está do outro lado.


Assertividade é comunicar o que precisa ser dito, por mais difícil que seja o assunto, mas de uma forma tranquila, focando a ação e não a pessoa.


No meu canal no Youtube você pode conferir vários vídeos que abordam a comunicação no contexto de liderança, comunicação não violenta e comunicação assertiva.


Comunique o fato, confirme com o colaborador se ele compreendeu, pergunte a ele sobre seu lado da situação, o que ele pensa sobre o assunto. Cuidado para não entrar na interação já com um julgamento, para não superestimar o seu parecer e o seu ponto de vista.


Dica 4: Entender o papel de liderança


Liderar não é sinônimo de mandar. Liderar é conduzir a equipe a fazer o que precisa ser feito com propósito, é gerar nos colaboradores a vontade de cumprir as atividades.


Você está no papel de acompanhar e desenvolver as habilidades dos membros da sua equipe. De servir como um catalizador para melhores versões deles como profissionais e pessoas.


E para isso, ser exemplo é a melhor coisa. Se estabelecer como alguém em quem os colaboradores possam se espelhar. Afinal, não dá para esperar e demandar certos posicionamentos e condutas dos seus colaboradores se antes disso não houver um esforço de autocrítica da sua parte.


Assuma as rédeas da sua posição de liderança e da sua função de líder com um trabalho de autoconhecimento, compreensão dos perfis da sua equipe e aplicação diária de uma comunicação assertiva.


Eu tenho certeza de que, a partir disso, nunca mais você vai se perceber “surtando”.



Alexandra Fabri

Mentora, escritora e palestrante em desenvolvimento de pessoas e equipes

Sócia/Gestora da AFBR Group e Diretora da minds by fabri

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